Desde o ano de 2022, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), tem investido no fomento à qualidade da alfabetização através do Educaju. Para o ano letivo 2023, a entrega da primeira remessa do material didático do programa, em cada escola da rede, foi concluída no dia 18 de abril. Desde o recebimento, coordenadores pedagógicos de cada unidade de ensino já começaram a trabalhar ações entre as turmas, desenvolvendo projetos interdisciplinares ou na rotina em sala de aula.
"Nossos professores continuam usando o livro didático porque esta é uma política educacional das mais importantes, mas o Educaju é uma complementação pedagógica, uma ferramenta estruturada para garantir que professores possam ter esse material escrito feito por especialistas, garantindo que o nosso estudante seja um leitor ao término do ciclo do 2º ano. Por isso, continuamos dizendo que o Educaju, para nós, é hoje quase que uma pedra de toque na garantia da alfabetização na idade certa", evidencia o secretário.
Ações alinhadas
Educadores da rede têm participado de cursos formativos e reuniões realizadas pela Coordenadoria de Ensino Fundamental (Coeinf/Semed) para as orientações necessárias e o alinhamento do trabalho com os cadernos do Educaju. Só este ano, já foram distribuídos 62.927 livros interativos para crianças, jovens e docentes do 1º ao 5º ano. Os professores contam com um kit a fim de norteá-los sobre as metodologias a serem trabalhadas em sala de aula.
Dentro do Educaju, os alunos receberam cadernos de Língua Portuguesa, de Matemática, o Alfa Ler, o Relembrando e um extra, direcionado àqueles que estão com mais dificuldades no aprendizado. Na Emef Sergio Francisco da Silva, localizada no bairro Lamarão, após os resultados das avaliações diagnósticas, a equipe pedagógica se reúne e define um plano estratégico para as aulas e a utilização deste material específico. Algumas dessas ações são a leitura exemplar, a roda de leitura, o ensino dos gêneros textuais, a Olimpíada Soletrando e outros projetos interdisciplinares.
A coordenadora pedagógica da Emef, Tanielly Farias, conta que no intervalo de 45 dias entre uma Prova de Leitura e outra, as estratégias pedagógicas para a alfabetização são postas em prática. "Temos um mapeamento de quais alunos estão em quais níveis e elaboramos um plano de como devemos trabalhar. O Educaju é muito estruturado e tem sido uma ferramenta importantíssima no objetivo de ter 100% dos nossos estudantes sendo leitores. Já fizemos reunião com os pais para explicar a importância da presença do aluno estar com o material, de fazer as atividades em casa, do acompanhamento. Além disso, a gente faz todos os dias a busca ativa", afirma.
Ela pontua, ainda, que já é possível notar um resultado no processo educacional através destas ações. "Os professores estão tão empenhados em trabalhar com essa ferramenta porque realmente é um suporte, um norte e ponto de partida com direcionamento específico para cada habilidade. Entre os nossos alunos que estão aqui desde o ano passado, por exemplo, já conseguimos observar uma melhora no aprendizado. É muito nítido que os que sentem mais dificuldade são os estudantes mais faltosos. Os assíduos às aulas, que têm o acompanhamento em casa e que estão conosco durante todos os ciclos, estão alcançando o sucesso na leitura com mais facilidade", relata Tanielly.
No bairro Santa Maria, os cadernos do Educaju estão inseridos diretamente em cada aula do 1º ao 5º ano da Emef Jornalista João Oliva Alves. Coordenadora pedagógica da unidade de ensino, Sandra Lisboa ressalta que, principalmente os livros Relembrando, Alfa Ler e de Fluência Leitora, são trabalhados diariamente pelas professoras.
Educaju está sendo utilizado na rotina da sala de aula | Fotos: Marcos Paixão/Ascom Semed
Ricardo Abreu
Tanielly Farias
Conteúdo do Educaju é considerado atrativo por parte dos alunos
Sandra Lisboa
Estudantes estão avançando na alfabetização com o auxílio do programa