Redução da poluição, diminuição do estresse, enfrentamento ao sedentarismo e melhoria do trânsito na cidade. Esses e outros temas forma postos em discussão pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) no Dia Mundial Sem Carro. As ações foram encerradas na noite dessa terça-feira, 22, com o Desafio Intermodal, uma iniciativa da ONG Ciclo Urbano em parceria com o município para promover o debate sobre formas alternativas de mobilidade urbana.
Cerca de 30 pessoas estiveram envolvidas na atividades, entre voluntários e membros da organização. O Desafio Intermodal foi o último ato da extensa programação, que teve início pela manhã, na praça General Valadão, e envolveu milhares de pessoas em atividades lúdicas e educativas, coordenadas pela Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT), em parceria com outros órgãos municipais, estaduais, federais, entidades do terceiro setor e iniciativa privada.
O grupo foi dividido em cinco equipes, que percorreram a distância média de 4 km, entre a praça General Valadão, no Centro, e o Mirante da 13 de Julho. Todos saíram ao mesmo tempo, sendo que alguns a pé (uns correndo e outros caminhando), de bicicleta (alguns ao longo das avenidas Rio Branco e Beira Mar e os demais, por ruas alternativas), de motocicleta, de carro, e de ônibus coletivo (com a equipe saindo do ponto da avenida Rio Branco, no Centro).
Os que primeiro chegaram foram os que seguiram de bicicleta pela via principal, com tempo de 6min50seg, seguidos pelos ciclistas que preferiram ruas periféricas, com 11min5seg. Em seguida, chegaram os usuários de ônibus coletivo, somando 12min17seg. Na sequência, os corredores marcaram 14min7seg, à frente dos motociclistas, com 15min5seg. Depois foi a vez de quem escolheu o carro e alcançou 24min40seg e, por último, aqueles que foram andando calmamente, com 33min41min.
Para a coordenadora de Educação para o Trânsito da SMTT, Marieta Falcão, o resultado do desafio foi o melhor possível. "Conseguimos a adesão e o apoio da população a esse projeto, que visa conscientizar as pessoas sobre a necessidade de repensar a locomoção nas cidades. A participação foi bem acima da previsão inicial. Tivemos dezenas de interessados acompanhando e incentivando a ação. Quem ganha com isso são os cidadãos aracajuanos", avaliou.
Atitude
Já o coordenador de Ciclomobilidade da SMTT, Fabrício Larceda, destacou o fato de que, além de reforçar o desempenho daqueles que optaram pela atividade física no deslocamento, o Desafio Intermodal convidou o público a mudar de atitude. "O mundo inteiro hoje lida com o problema do trânsito nas grandes cidades e a Prefeitura de Aracaju é o primeiro órgão público a tomar a frente na realização de um evento como esse no Brasil", salientou o mobilizador.
Ainda de acordo com Larceda, a capital sergipana tem investido na ciclomobilidade e na melhoria do transporte público como alternativas para melhoria da qualidade de vida, contornando o uso de veículos automotores individuais, que congestionam e poluem. "Esse é mais um ato dentro de um universo de iniciativas. Sabemos que ainda não há ciclovias ou ciclofaixas no município inteiro e que o sistema de transporte precisa melhorar, mas é inegável o esforço que a prefetura tem feito para avançar na construção de uma cidade melhor no quesito transporte e trânsito", acrescentou.
Ciclista inveterada, a servidora pública Thays Ricarte, 27 anos, foi uma das pessoas que participou voluntariamente do desafio, com a sua 'magrela'. "Vim pedalando, como faço todos os dias, de casa para o trabalho e vice-versa. Adorei esse projeto e fiquei satisfeita em ouvir as pessoas perguntando, incentivando. Quem estava nos carros se interessou e a ideia é essa mesmo. Mostrar que em deslocamentos curtos, é melhor ir andando ou usar a bike, já que Aracaju é uma cidade plana e o clima é agradável", opinou a jovem.
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