O caminho para que a capital sergipana esteja cada vez mais inserida no contexto de desenvolvimento tecnológico e sustentável, adequando-se às características de “Smart City”, passa necessariamente por um minucioso método de organizar as decisões de gestão, o que tem sido possível por conta da implementação do Planejamento Estratégico da Prefeitura de Aracaju, ferramenta que tem promovido um ambiente de inovação dentro da administração e na cidade como um todo, além de possibilitar melhorias sensíveis na qualidade de vida dos cidadãos.
O Planejamento Estratégico, adotado desde 2017, é o instrumento de gestão em que estão previstos todos os projetos a serem executados e metas a serem atingidas pela administração municipal. Atualmente, conta com 89 projetos, divididos entre estratégicos e setoriais. Dentro desses projetos, existem 326 metas a serem cumpridas, e que são monitoradas constantemente pela Coordenação Geral do Planejamento Estratégico (CGPE) e pelo próprio prefeito Edvaldo Nogueira.
“Esse é um caminho, muito bem elaborado, que o prefeito Edvaldo Nogueira encontrou para melhorar a eficiência da gestão. O planejamento é uma estrada desenhada para alcançar as metas estabelecidas e o gestor consegue ter o controle o tempo todo, uma forma muito moderna de se gerenciar. Aracaju se destaca em relação a outros municípios nessa questão, estamos muito avançados com o uso desse tipo de instrumento”, afirma o coordenador de Planejamento Estratégico da Prefeitura de Aracaju, Wilson Amaral.
Há reuniões periódicas com todo o secretariado, destaca o coordenador, para fazer análise das informações compiladas e do andamento dos projetos e metas dispostos no Planejamento Estratégico, para que se consiga tomar o direcionamento mais correto possível e aumentar a capacidade de resolutividade.
O uso do instrumento permite que o prefeito não atue apenas nas emergências e urgências que eventualmente surjam, virando um gestor preso na questão burocrática do dia a dia, operacional, mas também de forma estratégica, com visão a longo prazo para o que se deseja para a cidade de Aracaju. Isso faz parte do contexto de uma cidade inteligente, que utiliza as informações colhidas a partir da tecnologia para aumentar a eficiência da gestão, o que consequentemente permite melhorar a qualidade de vida dos aracajuanos.
“Hoje, dentro desse processo de cidade inteligente, o painel de gestão do qual dispomos para acompanhamento das ações é algo extremamente moderno e revolucionário, uma vez que o instrumento permite que a cidade seja gerida de forma inovadora. Embora seja uma área meio, e a população às vezes tenha dificuldade de enxergar os efeitos de maneira clara, os serviços que são executados na ponta pelas secretarias, a forma como tudo é feito está totalmente ligada e atrelada a essa tecnologia, uma plataforma integrativa, que permite, por exemplo, acessar fotos do que está acontecendo nas obras, conferir entregas de fornecedores para todas as pastas, entre outras coisas”, explica Wilson.
Um resultado palpável do Planejamento Estratégico é a modernização do parque tecnológico à disposição da administração municipal, com a reorganização e atualização do maquinário utilizado e implementação de uma rede de fibra óptica, que hoje já está disponível em todos os prédios públicos municipais de Aracaju.
“O que se ganha com essa modernização da tecnologia? O acesso a novas ferramentas, que foram sendo criadas a partir disso, como o 1doc, AjuInteligente, ClimAju, todo um arcabouço de soluções, o que permite à cidade se desenvolver e aumentar a sua resiliência aos problemas, a ponto de ser destaque nas medições de indicadores da ONU”, ressalta o diretor do Núcleo de Inovação e Tecnologia da Prefeitura de Aracaju, Walter Andrade Júnior.
Ele se refere ao fato de a capital sergipana ter entrado no ano passado para o seleto grupo de cidades "nível C" na campanha “Construindo Cidades Resilientes”, uma iniciativa global do Escritório das Nações Unidas para a Redução do Risco de Desastres (UNDRR), que reúne 955 cidades em todo o mundo, das quais apenas Aracaju e outras 338 estão no topo da classificação feita pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Essa e outras conquistas do Planejamento Estratégico dialogam com a capacidade de se organizar, de ampliar as perspectivas e formas de analisar problemas, criando um ambiente propício à inovação e ligado às características das cidades inteligentes, como uma base tecnológica, seja de maquinário ou redes para conectar ferramentas e sensores, aplicações de medidas e desenvolvimento de plataformas baseadas em análise de dados e a adoção e o uso de tudo isso voltado a mudanças de comportamento na cidade.
“Esse escopo de trazer a tecnologia para melhorar a qualidade de vida é o que de fato faz a cidade ser inteligente, aliado, obviamente, a essa modernização da estrutura disponível, como oferecimento de serviços online, reduzir o uso de papel nos trâmites burocráticos, robustez dos equipamentos que vêm sendo implementados para aumentar a capacidade de processamento de informações e dados, por exemplo. Esses mesmos dados são utilizados para balizar decisões e construir políticas públicas”, aponta Walter.