Prefeitura participa da I Conferência Territorial dos Conselhos da Pessoa com Deficiência

Assistência Social e Cidadania
26/10/2023 14h42

O Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência (CMDPcD), órgão deliberativo e paritário vinculado à Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, participou nesta quinta-feira, 26, no Auditório Antônio Vieira Neto, no bairro Siqueira Campos, da I Conferência Territorial dos Conselhos dos Direitos da Pessoa com Deficiência da Grande Aracaju, que teve como tema “O cenário atual e futuro na implementação dos direitos da pessoa com deficiência: construindo um Brasil mais inclusivo”.

A conferência contou com a participação de representantes de organizações da sociedade civil e de órgãos da administração pública dos nove municípios que compõem a Grande Aracaju: São Cristovão, Aracaju, Nossa Senhora do Socorro, Riachuelo, Barra dos Coqueiros, Maruim, Santo Amaro das Brotas, Laranjeiras e Itaporanga d'Ajuda. O evento teve como objetivo debater e discutir propostas de melhorias relacionadas aos direitos das pessoas com deficiência.

A presidente do CMDPcD, Natália Vasconcellos, conta que na Conferência Territorial foi priorizada a participação efetiva das pessoas com deficiência, pois são elas que sabem a real necessidade de melhorias. "Tivemos a presença de pessoas com diversas deficiências, cegos, surdos, cadeirantes, deficiente intelectual, entre outras, reunidas para que juntas pudéssemos trazer, debater propostas para que possamos levar para o âmbito municipal, estadual e, ano que vem, a nível nacional. Nessa conferência conseguimos alcançar nossa meta que era trazer a participação efetiva das pessoas com deficiência", disse Natália.

Representante da Secretaria Municipal da Assistência Social e coordenadora da Proteção Social Básica (PSB), Catharina Menezes foi a palestrante da conferência magna e afirma que a pasta, enquanto órgão que executa serviços, programas e projetos voltados para pessoas com deficiência, é uma satisfação poder contribuir para a construção de uma Aracaju mais inclusiva.

"Debatemos com os presentes o tema central da conferência, o cenário atual e futuro da implementação dos direitos da pessoa com deficiência, na perspectiva de construção de, não apenas Aracaju, mas um estado e um Brasil mais inclusivo. Abordamos os cinco eixos temáticos propostos no regimento, sobre o que já vem sendo implantado e o que a gente ainda precisa alcançar, porque nós estamos longe do ideal, mas a luta não para. Foi um momento de avaliar o que já passou e propor novas perspectivas e novas estratégias para que a gente alcance uma efetividade na política da pessoa com deficiência", enfatizou.

Representante da sociedade civil no CMDPcD e do Movimento Promotores da Inclusão, Elaine Cristina Santos, que tem baixa visão, avalia a conferência como uma oportunidade de dar uma guinada nas ações de políticas públicas voltadas para a pessoa com deficiência.

"A conferência é a prova que a deficiência não impede que a gente contribua para uma sociedade melhor, mais justa e mais inclusiva. É o momento em que a pessoa com deficiência vai trazer para o poder público de forma geral a sua existência na sociedade e dizer tudo aquilo que lhe assola, prejudica e que impede de exercer os seus direitos civis como todos. Todo momento que as pessoas tiverem a oportunidade de participar, ele se torna ímpar, singular e especial, não pelo fato da questão da deficiência, mas pela oportunidade das pessoas de realmente trazerem as suas vivências para espaços como esse", pontuou.

Membra do Conselho do CMDPcD e da Comissão da Pessoa com Deficiência da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Auriza Alves destaca que a realização da conferência é de fundamental importância para que pessoa com deficiência e pessoas sem deficiência possam viver harmonicamente na sociedade civil aracajuana e sergipana.

"Esse evento é de extrema importância e que todos os municípios participem com seus delegados trazendo as propostas, analisando os eixos temáticos, eixos esses que dizem respeito a uma problemática atual. Com certeza discutir esses eixos temáticos vai facilitar a construção de uma política pública para as pessoas com deficiência. A gente não pode pensar somente num reduto, é viver inclusivamente, toda uma sociedade", finaliza.