Usuários do Cras Flor Jurubeba participam de oficina sobre violência doméstica

Assistência Social e Cidadania
10/11/2023 18h20

Com o propósito de fortalecer as políticas de enfrentamento à violência contra a mulher, a Prefeitura de Aracaju, através do Centro de Referência da Assistência Social (Cras) Flor Jurubeba, equipamento no âmbito da Proteção Social Básica (PSB), gerenciado pela Secretaria Municipal da Assistência Social, localizado no bairro Veneza, dá continuidade as ações da II Campanha Socioeducativa do 5° distrito da capital na tarde desta sexta-feira, 10, onde realizou uma oficina com o tema "Violência doméstica, intervir para prevenir".

Participaram da oficina usuários dos serviços do Cras, a comunidade em geral, famílias acompanhadas pelo Serviço de Proteção e Atendimento Integral à Família (Paif), beneficiários do Auxílio Municipal Especial (AME) , famílias do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV) para escutar, opinar, debater e pensar possibilidades e alternativas de enfrentamento e de prevenção a violência contra a mulher, com representantes da Coordenadoria de Políticas para Mulheres da Secretaria Municipal da Assistência Social e do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas) Gonçalo Rollemberg.

A coordenadora do Cras Flor Jurubeba, Elze Angélica Melo, explica que a oficina faz parte da 3ª etapa da campanha socioeductiva que vem acontecendo nos Cras Flor Jurubeba, Carlos Hardman, João de Oliveira Sobral e Carlos Fernandes, que fazem parte do 5° distrito.

"Estamos falando um pouco sobre essa violência doméstica que é silenciosa, não é uma violência onde todo mundo fala, porque a maioria das vezes são com pessoas que estão ao nosso lado e parentes, e como forma de prevenir diante do elevado índice que o território possui, nós decidimos realizar essa oficina como forma de intervir e quem sabe diminuir essa violência, trazendo informações de como garantir os seus direitos, onde buscar, no Creas, qual o caminho para poder se prevenir dessa violência e também é uma forma da gente tentar construir a paz de uma forma mais leve", contou Elze.

A assistente social da Coordenadoria de Políticas para as Mulheres , Elissandra Barboza, afirma que os maiores índices de violência doméstica são contra mulheres e que são realizadas ações para diminuir e combater os casos de violência.

"É importante debater para que as pessoas entendam que a violência contra a mulher,  a violência de gênero, impacta negativamente em toda a sociedade. Essa mulher vai ter vários problemas, tanto físico como psicológico, ela não vai estar apta e disposta para cuidar da família como um todo, então é importante esse trabalho de conversar com os homens também para desmistificar essa questão da natureza de que o homem possui uma natureza violenta, foram papéis históricos construídos ao longo do tempo em que a gente precisa conversar para que isso seja desnaturalizado", ressaltou a assistente social.

Orientadora jurídica do Creas Gonçalo Rollemberg, Circe Barroso, destaca que o Creas estará sempre de portas abertas para atender a população não apenas nos casos de violência doméstica, mas em qualquer caso de violação de direitos. "Podemos apresentar para as pessoas que estiveram aqui presentes como é feito o trabalho em casos de violação de direitos. Nós atuamos como guardiões e fiscais também de violações de direito e nós mostramos que somos garantista de direitos e que estamos dispostos a ajudá-los não só na busca dos nossos serviços, mas também de orientação para outras demandas", disse.

A depiladora, Maria Cícera Caldeira, fala sobre a importância de participar da ação, pois pode sanar dúvidas e entender como proceder caso venha a presenciar algum caso de violência doméstica.

"Eu pude contribuir durante a conversa de uma caso onde participei e presenciei, e que na época ficou impune, porque a pessoa praticou a violência e não foi presa, fiquei indignada mas, como a palestrante explicou, existe um processo  a ser corrido. São informações e conhecimentos muito importantes onde não só eu como as outras pessoas que aqui estiveram, iremos repassar conhecimento, para poder ajudar mulheres, crianças, idosos, porque a violência doméstica é praticada contra qualquer pessoa, então quanto mais pessoas souberem mais pessoas poderão ser salvas", finalizou.