Usuários e familiares celebram 21 anos do CAPS III Liberdade

Saúde
15/12/2023 17h02

Na manhã desta sexta-feira, 15, o Centro de Atenção Psicossocial (Caps) III Liberdade comemorou 21 anos de existência. No espaço, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), recebe diariamente cerca de 50 usuários para a atenção e cuidado em saúde mental. Para celebrar a data, uma programação especial contou com a participação de oficineiros, realização de amigo secreto, apresentações culturais do CAPS Liberdade e do CAPS Jael Patrício, e o lançamento da primeira edição do Jornal Liberdade, uma espécie de Zine produzido pelos próprios usuários.

A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial (Reaps), Marinês Mendonça, ressalta que o Caps Liberdade é um dos Centros mais frequentados na capital.

"Hoje é um momento histórico porque o Caps Liberdade é um dos mais frequentados em Aracaju e, aqui, as famílias são assistidas com atividades recreativas, oficinas, acompanhamento com psicopedagogo, além de psicólogos, psiquiatras. É uma longa história que celebramos, inclusive, com o lançamento da primeira edição do Jornal Liberdade, que relata todos esses anos de existência", destaca.

De acordo com a coordenadora do Caps III Liberdade, Sara Sandlina, este é o momento de celebrar uma jornada de muita história, energia e cuidado com as famílias que fizeram e fazem parte da unidade. "É uma oportunidade que a gente tem de comemorar os 21 anos do Caps Liberdade e um momento para celebrar e confraternizar com os usuários as festas de final de ano. Por isso, hoje, celebramos com mais ou menos cem pessoas, entre colaboradores, familiares e usuários, e com aqueles que vêm somar com a gente, como é  o caso do Caps Jael", pontua.

Para Emília Barros Ribeiro, irmã de um dos usuários do equipamento, o aniversário não é o único motivo para se comemorar. Ela lembra que o Brasil superou os manicômios para dar lugar ao cuidado em liberdade, que melhorou a vida não somente do irmão, Filomeno Barros, que trata esquizofrenia, mas a dela também.

"Somos só ele e eu, com muito amor é que cuido dele. Confio em deixar aqui porque os profissionais tratam a todos sem distinção, pode estar sem crise ou com crise, eles cuidam muito bem porque todos somos seres humanos. Nunca mais um manicômio, e é por isso que a gente precisa desse trabalho. O meu irmão já foi trancado e amarrado em manicômio e isso não quero nunca mais", desabafa Emília.  

Desde o ano passado, Vanete Maria dos Santos acompanha a irmã Vânia Maria, no serviço.

"Me sinto muito bem e dou graças a Deus que existe o Caps, porque deixa a gente mais tranquila ao deixar nosso familiar porque aqui tem acolhimento e cuidados. Isso é  muito bom e importante para a gente, já que todos os colaboradores são empenhados em ajudar quando a gente precisa. Eles procuram resolver o problema de cada um conforme a necessidade", comenta.