Prefeitura promove celebração de Carnaval para usuários dos Cras e do Criança Feliz

Neste mês de fevereiro, os Centros de Referência da Assistência Social (Cras) encontram-se em clima de festa. Nesses equipamentos, a comemoração do Carnaval é promovida todos os anos pela Prefeitura de Aracaju, por intermédio da Secretaria Municipal da Assistência Social, com o intuito de manter a tradição carnavalesca, proporcionando diversão para todas as gerações assistidas pelas unidades socioassistenciais: crianças, adolescentes e idosos, fortalecendo o vínculo entre eles.

Na segunda-feira (6), o Cras Madre Tereza de Calcutá, localizado no bairro Jabotiana, realizou o bloco “Conviver Folia”. As equipes da unidade abordaram a temática da convivência e dividiram o bloquinho em alas nomeadas pelos próprios usuários, com base nos sentimentos mais importantes para a boa convivência em grupo: Ala Alegria, Ala União, Ala Respeito, Ala Harmonia.

“A festa de Carnaval não é apenas festa de Carnaval, ela é parte do nosso trabalho do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos [SCFV], no processo de montagem as crianças passaram em toda a comunidade, convidando todos para prestigiá-las durante esse evento. A gente chamou a comunidade para vir para a porta e para brincar com a gente”, complementou a coordenadora do Cras, Karine de Oliveira.

Para Júlia Santos, de 8 anos, integrante da Ala Respeito, a escolha da palavra demonstra muito da sua personalidade. “Pra mim tem que respeitar os mais velhos, não brigar, respeitar o coleguinha, se eu não gostar do que ele fizer comigo eu não vou fazer com ele”, disse.

Sempre presente nos eventos realizados pelo Cras, a artesã Ana Rita Menezes, de 72 anos, frequenta o Madre Tereza de Calcutá desde que a unidade foi inaugurada. “Eu sou do conjunto Sol Nascente e venho pra cá há 30 anos, eu participo de vários grupos, vou a várias festas, porque é importantíssimo para pessoas da terceira idade, senão a depressão bate, aí já viu né? Aqui tem passeio, tem festa de São João, em todas as que tem aqui eu participo”, contou.

O evento carnavalesco do Cras Flor Jurubeba foi realizado na tarde de terça-feira (6) no bairro Olaria. A comemoração ocorreu dentro do centro de referência e contou com a presença do grupo de percussão formado por usuários do próprio Cras. O mesmo grupo também esteve presente no bloco do Cras Madre Tereza de Calcutá e no do Cras Maria José Menezes Santos.

“O grupo de percussão vem ensaiando desde o ano passado, é uma forma de integrar não só a comunidade de onde eles vêm, mas também o trabalho deles, o esforço deles estarem todas as manhãs ensaiando, conhecendo o que é música. A música também é uma cultura de você educar esses meninos. Antes eles ficavam lá na praça, vamos dizer assim, a mercê da comunidade e das vulnerabilidades da comunidade, e hoje eles formam um grupo”, pontuou a coordenadora do Cras Flor Jurubeba, Elze Angélica Melo.

Elze ressaltou ainda que a promoção desse tipo de evento é importante para estimular a troca de experiências. “A comemoração do Carnaval é uma forma de fazer um trabalho intergeracional, de fato, não só de quem participa dentro do serviço de convivência, mas também com as pessoas da comunidade, com a família desses meninos e desses usuários”, completou.

No 6° Distrito, os Cras Maria Diná Menezes, Santa Maria e Rosa Emília se reuniram no “Crasnaval”, realizado na quinta-feira (8), no bairro 17 de Março. Para Giulia Lorrana, de 12 anos, o evento aproxima as crianças da comunidade da tradição do Carnaval. “Eu acho muito legal até porque às vezes quando tem bloco fora a gente que é menor de idade não pode ir, e aqui com o Cras nós temos a oportunidade de participar desses eventos, de fazer cursos, de ganhar bolsas, tipo eu que faço ballet. E pra mim a interação com as pessoas idosas é legal”, afirmou.

Criança Feliz
Na tarde de quinta-feira (8), o Programa Criança Feliz levou as crianças e os familiares assistidos para o Parque da Sementeira, onde foi realizado um bloquinho carnavalesco à fantasia, de modo a possibilitar a essas pessoas o acesso ao lazer.

“A gente trabalha o vínculo familiar porque é nesse momento que eles podem vir acompanhados dos pais, tanto o pai como a mãe, ou os dois, e trazer os seus irmãos. Nós escolhemos o Parque da Sementeira, que é um lugar amplo, um lugar bonito, e aqui nós fizemos o nosso bloquinho, cada um pôde se fantasiar dentro das suas condições e a gente também fez alguns adereços para contribuir com eles e trouxemos um lanche para passarmos essa tarde aqui. Pra gente é valioso, e quando fazemos as coisas para o Programa Criança Feliz, cada um coloca uma pitadinha de amor e aí tudo rende”, complementou a secretária adjunta da Assistência Social, Selma França.

Apoio
Alguns dos bloquinhos promovidos pelos Cras contaram com o apoio da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), da Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (SMTT) e da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).