Aracaju contra a Dengue: gestores escolares participam de formação para o combate ao Aedes aegyti

Educação
13/03/2024 15h30

Inserida na força-tarefa ‘Aracaju Contra a Dengue’ - uma campanha lançada pela Prefeitura com o objetivo de combater o mosquito transmissor das arboviroses -, a Secretaria Municipal da Educação (Semed) tem desenvolvido uma série de iniciativas para combater o Aedes aegypti nas escolas e nos demais ambientes. Uma das ações ocorreu na manhã desta quarta-feira, 13, no auditório Antônio Vieira Neto, do bairro Siqueira Campos, com a realização de curso formativo para os 79 gestores escolares da rede. O evento foi promovido pela Coordenadora de Políticas Educacionais para a Diversidade (Coped), em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), e através do Programa Saúde na Escola (PSE).

Durante a formação, os gestores conheceram detalhes sobre como o Aedes aegypti se reproduz e como evitar a proliferação do mosquito. Além disso, receberam orientações acerca dos projetos do PSE, em relação ao tema, e de qual o procedimento correto em casos de identificarem possíveis focos nos ambientes próximos às escolas. O secretário Municipal da Educação, Ricardo Abreu, esteve presente no curso e pontua que o objetivo é formar cerca de 30 mil alunos brigadistas para enfrentar uma possível epidemia de dengue, além de fazer com que a população se una e haja cooperativamente.

"Quando começaram a surgir os primeiros casos de dengue no Brasil, o prefeito convocou o Comitê de Operações Especiais (Coe), formado por diferentes Secretarias e, entre elas, a de Educação, com o objetivo de podermos mitigar ou eliminar as chances de uma epidemia de dengue na capital. A Semed se engajou e começamos a trabalhar em diversas ações neste sentido, inclusive, numa perspectiva de formação, tanto para gestores escolares como para os nossos estudantes. Acreditamos que, juntos, conseguiremos sensibilizar a população e prevenir mais focos do mosquito", ressalta o gestor.

A coordenadora de Políticas Educacionais para a Diversidade (Coped/Semed), Analice Marinho, enfatiza a intersetorialidade como ‘peça chave’ das ações que vêm sendo desenvolvidas nas escolas, e que o PSE tem sido um grande parceiro da Educação.

"Tivemos uma manhã toda de diálogo. Explicamos sobre os inservíveis, nosso planejamento e a importância do pedagógico na conscientização do combate à dengue.  Os gestores escolares atuarão como multiplicadores em cada comunidade escolar. Vamos trabalhar com brigadas mirins, com o projeto Canto Limpo, e de 18 a 22 de março faremos a entrega dos certificados aos alunos", destaca Analice Marinho.

Atuando na SMS como técnica da Saúde da Família e no PSE, a enfermeira Daiane Tiano foi a ministrante do curso e diz que o tema de combate à dengue tem sido direcionado às crianças das escolas públicas e particulares de forma lúdica. Durante as ações, conforme ela conta, são utilizadas brincadeiras, músicas, pinturas, desenho animado e outros recursos pedagógicos. Através do projeto Detetives da Dengue é estimulada a vigilância contra o mosquito e o incentivo aos pais brincarem juntos.

"Precisamos plantar a sementinha com as crianças. Hoje também apresentamos nosso projeto Canto Limpo, para mostrar as metodologias que criamos nas escolas e fazer com os gestores as multipliquem, passem para a comunidade escolar, e estas repassem para as famílias. Assim, esperamos ter um ótimo resultado com isso. É uma soma. Estamos com a nossa equipe passando nas unidades de ensino, trabalhando diretamente com os estudantes, mas a gestão de cada uma deve continuar com esse trabalho, formando uma patrulha", explana Diane Tiano.

Além dos cursos formativos, a Semed também realiza a coleta dos inservíveis das escolas, evitando possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti no ambiente escolar. Além disso, as escolas estão sendo acompanhadas e orientadas pela Secretaria, para trabalharem a conscientização e prevenção à dengue em sala de aula e através de projetos pedagógicos.

Na Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Hermes Fontes, localizada no bairro Palestina, a equipe escolar aborda o tema de forma leve, na rotina da sala de aula, já que os alunos têm cerca de 4 ou 5 anos de idade, conforme explica a gestora da unidade de ensino, Renata Cristiane Melo.

"Realizamos reunião com os pais, depois com os professores, e estamos desenvolvendo um grande projeto para ser realizado em etapas, através de micro ações, no cotidiano escolar. Ao mesmo tempo, já estamos trabalhando o tema com as crianças. Eles são pequenininhos, mas já estão compreendendo a situação. Eles fazem desenho, assistem teatro, ouvem historinhas, e aos poucos estão sendo educados para ajudarem no combate à doença", relata a diretora.