Prefeitura utiliza o lúdico como forma de orientar crianças no combate ao Aedes aegypti

Saúde
20/03/2024 15h22

A curiosidade e o senso aguçado para aprender coisas novas são alguns dos fatores que tornam as crianças potenciais multiplicadores de informações. Quando se trata de ações de conscientização, elas também são terreno fértil para fazer germinar atitudes mais saudáveis. Pensando nisso, a Prefeitura de Aracaju, através de uma força-tarefa encabeçada pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), tem contado com ajuda dos pequenos cidadãos no combate ao Aedes aegypti, dando seguimento à campanha ‘Aracaju contra a Dengue’.

Entre as ações está, justamente, o trabalho nas escolas da cidade, tanto municipais, como também estaduais e particulares. Nesta quarta-feira, 20, as equipes das secretarias municipais da Saúde e da Educação (Semed), por meio do Programa Saúde na Escola (PSE), ganharam o reforço da Guarda Municipal de Aracaju (GMA), com o programa Anjos Azuis, órgão ligado à Secretaria Municipal da Defesa Social e da Cidadania (Semdec), e desenvolveram uma atividade conjunta na Escola Municipal de Ensino Infantil (Emei) Irene Romão de Brito, no bairro Santa Maria.

Ao longo de todo o ano, a SMS desenvolve ações de combate ao mosquito, no entanto, diante do cenário epidêmico vivenciado em outras regiões do país, a Prefeitura ampliou os trabalhos na capital para que a situação crítica não chegue a Aracaju.

Utilizando o lúdico, através do teatro de fantoches, as equipes trabalharam a temática do combate ao Aedes com crianças na faixa etária de 3 a 6 anos, um olhar mais cuidadoso em relação ao compartilhamento de informações importantes não só no reforço contra o mosquito, mas, principalmente, na formação do cidadão.

“Quando pensamos em um tema, pensamos, também, em quais atores podem contribuir para um maior alcance das ações e, daí, veio a ideia de contarmos com o programa Anjos Azuis que tem essa estratégia mais lúdica que chega aos alunos de uma forma diferente, mais leve. A ideia é tornar esses alunos multiplicadores de boas ações. Temos um cronograma de ações que segue até o final do mês de abril e estamos unidos para alcançarmos o maior número de alunos possível. Essa parceria com as outras secretarias só vem a fortalecer as ações e essa união é sempre visando o bem da população, neste caso, o combate ao mosquito transmissor da dengue, zika e chikungunya”, ressalta a referência técnica do PSE.

A coordenadora do Anjos Azuis, guarda municipal de 1ª Classe Aracelly Matos, reforça o objetivo da atuação voltada para o bem-estar social. “Por isso, firmamos essa parceria, pensando em multiplicar a informação, atraindo o olhar das crianças por meio do lúdico, uma linguagem mais leve e que elas possam compreender de maneira mais fácil e até levar essas informações aos familiares. Até o final de abril, trabalharemos a temática ‘Sai pra lá, mosquito’, uma edição especial que não constava no nosso calendário, mas inserimos devido ao momento de maior alerta”, frisa.

Para a coordenadora pedagógica da escola, Aline Cristiane Telles, é fundamental que as ações da SMS e da Semed estejam conectadas, inclusive, formando parceria com outros órgãos da Prefeitura.

“Esse tipo de atitude fortalece o trabalho de formação de cidadãos mais responsáveis no futuro e é muito interessante que façamos isso na primeira infância, como foi o caso da atividade de hoje. Estamos construindo essa cultura de pessoas mais responsáveis. Para além dessa ação, as escolas municipais introduziram esse conteúdo de combate ao mosquito nas aulas, então, de fato, estamos unidos nesse propósito”, complementa Aline.

A professora Maria Antônia Melo pontua a relevância desse trabalho, principalmente numa região mais carente da cidade. “A escola tem esse papel de chegar onde outras fontes não chegam, então, quando existe esse trabalho em regiões mais vulneráveis, a expectativa é que nosso alcance só aumente e chegue à toda comunidade. Na rotina da sala de aula, procuro envolver os alunos em atividades que agucem a criatividade deles, como pintura, mas também chamem a atenção para o que é importante, como o caso de combate ao mosquito. Então, é sempre bom receber ações como essa na escola, para acrescentar ainda mais”, considera Maria.