CAP proporciona atendimento personalizado a deficientes visuais

Reportagens Especiais
02/08/2006 09h21
Início > Noticias > 21733

Contando com profissionais especializados, o CAP é a única instituição do país mantida por uma prefeitura para promover a inclusão social de portadores de deficiência visual “O poeta é um fingidor. Finge tão completamente Que chega a fingir que é dor A dor que deveras sente. E os que lêem o que escreve, Na dor lida sentem bem, Não as duas que ele teve, Mas só a que eles não têm. E assim nas calhas da roda Gira, a entreter a razão, Esse comboio de corda Que se chama o coração”. A profundidade dos versos do célebre poeta Fernando Pessoa jamais estaria à disposição dos portadores de deficiência visual se não fosse por um trabalho abnegado de uma equipe de profissionais que compõem o CAP – Centro de Apoio Pedagógico para Deficientes Visuais que, dentre diversas atividades, também transcrevem para a linguagem Braille clássicos da literatura, possibilitando a evolução cultural de uma camada da sociedade até então relegada a um segundo plano pelos poderes públicos. Fundado em 12 de novembro de 1998, o CAP é resultado de um trabalho conjunto da Secretaria de Educação Especial do MEC, das entidades filiadas à União Brasileira de Deficientes Visuais: Instituto Benjamim Constant e Fundação Dorina Nowil para cegos, numa parceria com a Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Educação. Hoje, o CAP presta atendimento a portadores de deficiência visual de todo o Estado e até de estados vizinhos, além de ser o único centro especializado nesta modalidade de educação mantido por uma administração municipal no país. Funcionando na rua Vila Cristina, 194, no bairro São José, o CAP constitui-se numa unidade de ensino e tem como objetivo garantir aos usuários cegos e de visão subnormal o acesso aos recursos específicos necessários a seu atendimento educacional, priorizando o ensino fundamental da rede pública. “Hoje, atendemos a crianças de 0 a 6 anos com a estimulação precoce e a alfabetização em braille da infância à terceira idade. Aqui os usuários também aprendem as operações matemáticas através do soroban (um instrumento de origem oriental), além das técnicas de orientação e mobilidade que garantem a independência do portador de necessidade que aprende a transpor os obstáculos e se locomover com segurança através do uso da bengala”, informa a diretora do CAP, a pedagoga Margarida Maria Teles. Veja mais... O desafio de aprender Libertação Música e Movimento Difusão Cultural