Representantes de várias instituições de ensino conhecem o funcionamento do CAP

Educação
14/06/2005 16h54
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Aconteceu na manhã de hoje, no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas Portadoras de Deficiência Visual em Sergipe (CAP), uma reunião entre a secretária municipal da Educação, Tereza Cristina Cerqueira da Graça, técnicos do órgão e representantes de outras instituições de ensino, a exemplo da Universidade Federal de Sergipe, Centro de Educação Federal Tecnológica, Faculdade Pio X, Colégio Coesi e também membros da Secretaria de Estado da Educação. O objetivo da reunião foi encontrar meios para dividir as responsabilidades com o Centro, conforme determinação da portaria do governo Federal 3.284, de 7 de novembro de 2003. O CAP atende hoje 96 alunos de forma exclusiva, além dos chamados alunos inclusos nas salas de aula regulares, o que resulta no atendimento de 157 portadores de deficiência visual, vindos de todos os locais de Sergipe. Por meio do centro aprendem a ler e escrever em braile, a fazer cálculos matemáticos através do soroban e a caminhar com auxílio da bengala, por meio dos ensinamentos de orientação e mobilidade. “Fazemos atendimento a qualquer pessoa portadora deste tipo de deficiência, seja da capital ou do interior, mas este é um trabalho que custa caro, que conta com a presença de profissionais altamente capacitados e que podem ser multiplicadores em qualquer local, basta, para isto, serem firmadas as devidas parcerias. Por isto estamos tentando colocar em prática o que determina a portaria federal, para podermos ampliar a oferta e atender a demanda, que é grande”, declarou Tereza Cristina. Conforme as informações de Margarida Maria Teles, coordenadora do CAP, somente a Juliete, uma das impressoras de braile, custa R$ 37 mil. Uma resma com mil folhas de papel específico para este tipo de impressão, que possui uma gramatura diferente, custa R$ 147. “Imagine o quanto não gastamos com o volume que recebemos”, frisou Margarida. Durante a reunião também foi comentada a situação de 11, dos 13 professores do CAP, que trabalham pela manhã no centro e à tarde pertencem à Secretaria de Estado da Educação e estão lotados em salas de aula regulares. “Todos foram capacitados no instituto Benjamin Constant, no Rio de Janeiro, e considero um total desperdício da capacidade desses profissionais. Se estivessem voltados somente para a educação de deficientes visuais, aqui ou no Estado, certamente estariam sendo melhor aproveitados”, frisou a secretária. Ada Augusta, assessora do Estado, se comprometeu em analisar esta situação. “É a primeira vez que conheço de perto o trabalho do CAP, que percebo como funciona sua estrutura organizacional e estou realmente encantada, porque até então só conhecia de ouvir dizer. O centro realiza um trabalho maravilhoso e iremos analisar tudo o que está sendo proposto”, comentou Selma Amorim, coordenadora do curso de Pedagogia da Faculdade Pio Décimo.