Sidney Souza: a voz oficial do Forró Caju

Agência Aracaju de Notícias
26/06/2009 02h07
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É impossível, ao início de cada noite de festa ouvir um 'Forró Caju - o chamego que mexe com a gente' e não saber que Sidney Souza está no palco. Aos 45 anos de idade ele se tornou a voz oficial da Prefeitura de Aracaju e do Governo de Sergipe, e consequentemente, de todos os atos oficiais dessas duas esferas do poder no estado. O mais interessante é que ele iniciou a carreira, pode-se dizer, de maneira despretensiosa.

"Ingressei na prefeitura em 1985 como técnico em contabilidade, função que exerci por um tempo. Só que paralelamente fui convidado para ser o mestre de cerimônia do então prefeito José Carlos Teixeira, e aceitei. Desde então não parei mais", relembrou Sidney, que se apaixonou de tal forma pelo novo ofício que largou de vez a carreira de técnico contábil, tanto que nem mesmo a própria declaração de Imposto de Renda ele consegue fazer. Mas mesmo nunca tendo pensado em ser a voz mais conhecida do estado, esse já era um destino mais que marcado.

"Quando jovem, brincava de fazer locução. Eu era o orador oficial da escola na época do grêmio", lembrou Sidney, que estudou no Colégio Estadual Leandro Maciel e foi, mesmo que sem querer, a voz oficial daquela instituição durante o tempo em que lá esteve. Desde que começou na profissão ele só ficou afastado da Prefeitura por dois momentos. O primeiro foi em 1992, quando foi convidado para ser o locutor de uma campanha política na Paraíba, onde acabou ficando por um ano. O segundo momento foi quando ficou por três anos sem ser o mestre de cerimônia da PMA. O retorno aconteceu em 2000. "De lá pra cá não me afastei mais", comentou.

Casado há 20 anos e pai de cinco filhos, Sidney Souza garante que a esposa nunca se incomodou por conta das ausências decorrentes do trabalho. Em época de campanha política ele chega a ficar longe de casa por até três meses. Em época de Forró Caju o período diminui, mas a intensidade, não. "Ela sempre entendeu meu trabalho e a depender do que seja, até me acompanha, como por exemplo, no período do São João. Não fico fora de casa, não perco noite se não estou trabalhando. Também não vou a solenidades ou a festas se não estiver a serviço", garantiu.

Apesar da vida sem rotina, Sidney Souza garante que sempre que pode tenta imprimir um ritmo de normalidade, como por exemplo, dormindo no mesmo horário, o que não significa dizer que seja cedo. "Costumo dormir por volta das 23h e tenho, em média, sete horas de sono, isso quando meu fisiológico já voltou ao normal. Sempre depois de um período de festa como esse costumo passar uns 15 dias sem dormir direito, sem ser no horário que estou acostumado, mas depois passa", disse.

Para manter o vozeirão, Sidney disse não fazer nada muito especial, apenas bebe muita água e quando, por ventura fica rouco, bebe chá de gengibre ou de romã. Depois de 24 anos exercendo a função de mestre de cerimônia, ele disse não pensar em parar, mas se por acaso isso acontecer ele tem um vasto leque de opções para seguir. Aos 45 anos de idade Sidney Souza é radialista, jornalista, publicitário e está no quarto período do curso de Direito.