Prefeitura leva informações sobre leishmaniose ao Santa Maria

Saúde
11/02/2010 16h13

A coordenação do Centro Controle de Zoonozes de Aracaju (CCZ) realizou no início da tarde desta quinta-feira, 11, uma atividade educativa sobre a leishmaniose visceral na Unidade de Saúde da Família (UFS) Celso Daniel, localizada no Conjunto Padre Pedro, bairro Santa Maria. A ação foi direcionada aos agentes de saúde, demais trabalhadores da área e integrantes do conselho local de saúde.

De acordo com o supervisor do Programa Municipal de Combate a Leishmaniose, Wilson de Oliveira, o encontro é importante para alertar sobre o risco da transmissão da leishmaniose na localidade. "Com a confirmação de um caso no bairro, sentimos a necessidade de orientar os profissionais da área de saúde e membros do conselho local sobre as formas de prevenção à leishmaniose visceral, conhecida popularmente como calazar", destacou Wilson.

Ainda de acordo com o supervisor, a leishmaniose visceral é uma doença infecciosa, porém não contagiosa, causada por parasitas do gênero Leishmania. "A leishmaniose é transmitida por insetos hematófagos, que se alimentam do sangue contaminado dos cães, que são os principais reservatórios da doença. Os hematófagos são os vetores que transmitem a doença para o homem", explicou.

Leishmaniose

Há dois tipos de leishmaniose: leishmaniose tegumentar ou cutânea e a leishmaniose visceral ou calazar. A leishmaniose tegumentar caracteriza-se por feridas na pele que se localizam com maior frequência nas partes descobertas do corpo. Tardiamente, podem surgir feridas nas mucosas do nariz, da boca e da garganta. A leishmaniose visceral é uma doença sistêmica, pois acomete vários órgãos internos, principalmente o fígado, o baço e a medula óssea.

Os sintomas da leishmaniose visceral são: febre irregular e prolongada, anemia, indisposição, palidez da pele e das mucosas, falta de apetite, perda de peso, inchaço do abdômen devido ao aumento do fígado e do baço.

Os sinais da leishmaniose cutânea são diferentes. Duas a três semanas após a picada pelo mosquito, aparece uma pequena pápula (elevação da pele) avermelhada que vai aumentando de tamanho até formar uma ferida recoberta por crosta ou secreção purulenta. A doença também pode se manifestar como lesões inflamatórias nas mucosas do nariz ou da boca.

Prevenção

Para prevenir a doença deve-se evitar construir casas e acampamentos em áreas muito próximas à mata; fazer dedetização, quando indicada pelas autoridades de saúde; evitar banhos de rio ou de igarapé, localizado perto da mata; utilizar repelentes na pele, quando estiver em matas de áreas onde há a doença; usar mosquiteiros para dormir; usar telas protetoras em janelas e portas; eliminar cães com diagnóstico positivo para leishmaniose visceral, para evitar o aparecimento de casos em humanos.

O diagnóstico da leishmaniose é realizado por meio de exames clínicos e laboratoriais e, assim como o tratamento com medicamentos, deve ser cuidadosamente acompanhado por profissionais de saúde. Sua detecção e tratamento precoces devem ser prioritários, pois a doença pode levar à morte.