Os animais que circulam livremente de maneira indevida nas vias públicas representam um perigo para motoristas e pedestres. São cavalos, bois, burros e jumentos, geralmente soltos nas ruas pelos seus proprietários. Como forma de inibir essa prática e evitar acidentes, a Prefeitura de Aracaju, por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), mantém um serviço de apreensão de animais que atua diariamente.
Em média, são recolhidos por mês cerca de 100 animais de carroça, como cavalos, bois, burros e jumentos. No de 2010, o número chegou a 1.260 animais levados ao curral de apreensão da Emsurb, localizado na rua Neopólis, zona norte de Aracaju. O local dispõe de 12 laçadores e dois médicos veterinários que se encarregam dos cuidados necessários aos animais.
Para o gerente de Espaços Públicos da Emsurb, Antônio Pereira, o trabalho de apreensão é essencial para garantir a tranquilidade daqueles que utilizam as vias públicas. "Nosso trabalho é fazer a apreensão imediata do animal encontrado na rua. Por isso, é muito importante deixar claro que via pública não é curral. Quem possui algum animal tem que ter também um lugar adequado para a sua criação", alerta.
Utilizados como animais de carga, os cavalos, bois, jumentos, burros, mulas e jegues podem representar perigo para a população se estiverem soltos em vias públicas. "Estamos reforçando esse serviço para garantir a segurança de todos. No que diz respeito aos animais que estão amarrados em áreas públicas, é importante destacar que os donos desses animais devem ter um local adequado para cuidar deles e guardá-los", frisou a presidente da Emsurb, Lucimara Passos.
Denúncias
O sistema de apreensão conta com dois caminhões boiadeiros que cobrem a região norte e sul da cidade. "Os próprios caminhões informam os telefones móveis para denúncias: 8802-1200, para animais soltos na zona norte; e 8802-2000, na zona sul. Além desses números temos o 0800-284-1300 e o e-mail da Emsurb. O serviço funciona 24h", explica Antônio Pereira.
Resgate
Os proprietários dos animais recolhidos têm um prazo de 15 dias para se identificar, preencher um cadastro e assinar um termo de liberação. De acordo com a legislação municipal, é preciso pagar uma taxa de apreensão proporcional à quantidade de dias em que o animal ficou sob os cuidados da Emsurb. Somente depois de todo esse processo o resgate pode ser efetuado.
"Se após o período de 15 dias o animal não for resgatado, é disponibilizado para adoção. O procedimento está previsto na lei municipal nº 2.380/96 que regulamenta esse recurso de adoção. A Emsurb adotou a política de atender somente aos pedidos de pessoas de outras cidades porque observou que os animais estavam voltando para as ruas de Aracaju", esclareceu o gerente Antônio Pereira.
