Na manhã desta segunda-feira, 12, o auditório da Funasa no bairro Grageru ficou lotado para a realização do curso de prevenção as hepatites virais promovido pela Secretaria da Saúde de Aracaju (SMS) em parceria com a Secretaria do Estado da Saúde (SES).
Profissionais que atuam em estúdios de piercing e tatuagem e salões de beleza foram sensibilizados para as formas de transmissão e prevenção das doenças. Durante a abertura, a técnica do Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais, Marília Uchôa, reforçou que em 2013 já foram registrados 52 novos casos de pessoas com hepatites virais na capital, sendo que 25 são pacientes com hepatites de tipo B e outros 21 casos hepatites tipo C.
“As hepatites dos tipos B e C são as mais perigosas e nocivas, sendo classificadas como DST e transmitidas inclusive por fluidos corporais como sangue, saliva e em relações sexuais sem camisinha. É fundamental reforçar que hepatite tem prevenção e tratamento e no caso da hepatite tipo B também existe a vacina que já é disponibilizada pelo SUS”, explicou Marília Uchôa.
O evento também realizou palestras com a Vigilância Sanitária de Aracaju e Programas Estadual de DST, Aids e Hepatites Virais e Vigilância Sanitária de Aracaju. O gerente de Serviços de Interesse a Saúde, Lucas Nogueira, esclareceu todos os critérios necessários para o correto funcionamento dos estabelecimentos e a retirada do Alvará Sanitário. “O papel da vigilância é garantir a segurança em saúde e bem estar do cidadão, avaliando, fiscalizando e orientado”, enfatizou.
Testes e vacinas
Após o primeiro grupo de atividades, realizadas durante a manhã, os profissionais participantes foram convidados a fazer os testes rápidos de triagem para detecção das hepatites tipo B e C, Sífilis e HIV. Ainda foram ofertadas vacinas contra hepatite B que devem ser tomadas em três doses sendo que a segunda e a terceira dose da vacina é aplicada, respectivamente no intervalo de 30 dias e 6 meses após o início do esquema vacinal.
Aprovação
Durante o curso, diversos profissionais elogiaram a iniciativa da SMS. O tatuador e body percing é Fredson Carvalho, que atua há dez anos em Aracaju e aprovou a realização do curso. Na opinião dele é uma ação inovadora e essencial para saúde da população. “Muitos profissionais novos e com pouca experiência têm aberto estúdios na cidade. Essa oficina proporciona orientação fundamental que é a prevenção das hepatites, cuidado essencial para segurança dos clientes e profissionais do ramo”, afirmou.
O tatuador Samuel Matos, de 32 anos, também achou válida a proposta das oficinas. “Todo estúdio deve adotar cuidados permanentes, como os materiais descartáveis e individuais, processos de esterilização realizados sempre dentro dos padrões necessários. Isso garante a saúde do cliente e também confere mais qualidade no serviço prestado”, enfatizou o tatuador que está há cinco anos em Aracaju.