Sessão especial da CMA aborda direitos das mulheres e combate às drogas

Saúde
06/03/2015 16h05

Na manhã desta sexta-feira, 6, a Câmara Municipal de Aracaju realizou uma sessão especial, proposta pelo vereador Dr. Agnaldo, em homenagem ao Dia Internacional da Mulher. Esteve presente o coordenador da Estratégia de Redução de Danos da Secretaria Municipal de Saúde, Wagner Mendonça, como também representantes da Defensoria e Secretaria de Segurança Pública, Secretaria Estadual de Saúde, Sindicato dos Professores, e representantes do Movimento Social, que leva o nome de um dos maiores ícones do cinema, “Greta Garbo”.

Segundo o coordenador da Estratégia do Projeto de Redução de Danos, Wagner Mendonça, a Secretaria Municipal de Saúde não poderia estar de fora desta sessão, pela pertinência do assunto. “Aqui está se discutindo especificamente sobre a questão das mulheres que fazem uso, principalmente do crack, e temos representações tanto do Centro de Atenção Psicosocial (Caps) adulto, quanto do infantil, e a ideia é poder contribuir com o debate e deixar a comunidade informada sobre as diversas ações que a Prefeitura de Aracaju vem fazendo na atenção das pessoas que fazem uso de drogas. E vale lembrar que o nosso município é referência nacional nas ações de atenção psicosocial”, ressaltou Wagner.

A presidente do Movimento, Rosa Reis, usou a tribuna para mostrar as ações do Projeto “Nave Mãe”, que busca resgatar, orientar e cuidar as mães que fazem parte de grupos de risco, ou seja, usuárias de drogas, profissionais do sexo, dentre outros, e aproveitou a oportunidade para pedir ainda mais empenho das autoridades. “Hoje estão aqui representantes de diversas instituições, porque é necessário entender que o problema das drogas não se resolve apenas com educação, mas sim com a união de vários esforços. E fico feliz em poder fazer uso dessa tribuna hoje para pedir socorro, digo isso como mãe que tem uma filha nas drogas, e não vejo melhor lugar para fazer isso, já que aqui é onde são feitas as leis, e aqui onde estão os gestores que podem nos ajudar”, lembrou Rosa.

Daiane Santos, 30 anos, participante do movimento, conheceu Rosa, em uma das ações realizadas no Presídio Feminino e diz que depois que começou a fazer parte do grupo sua vida mudou. “ Já fui usuária do crack, sou ex-presidiária, e hoje tive a oportunidade de fazer faculdade, amo o projeto, ele me fez ter uma visão mais crítica da sociedade, que falta em muita gente. É hora de entender o problema das drogas como algo generalizado, quando alguém é assaltado, ele está sendo vítima de alguém que normalmente está fazendo aquilo para sustentar o vício. Então afeta a sociedade como um todo”, afirma Daiane.