Experiência e aprendizado são estímulos nas aulas de violão da Valdice Teles

Funcaju
17/11/2015 12h02
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A idade não vem sendo empecilho para o aprendizado no curso de violão, ministrado na Escola de Arte Valdice Teles, unidade da Fundação Cultural Cidade de Aracaju (Funcaju). Alunos superam obstáculos e se rendem ao dedilho do instrumento, comprovando que não é preciso ter o dom para tocá-lo, mas a vontade de aprender.

A Escola Valdice Teles, localizada na rua Leonardo Leite, 354, bairro São José, tem se destacado por ofertar diversos cursos gratuitos e com qualidade. Os cursos são realizados por semestre e, especificamente, o de violão tem atraído muitos que desejam aprender a tocar o instrumento, que pretendem ocupar o tempo, fugir do estresse e, sobretudo, realizar sonhos. Na área de violão são vários professores com anos de experiência.

Profissional há 30 anos, o violonista Bob Zé, ministra aulas na Valdice Teles para quatro turmas. Na sala, alunos com idades entre 13 e 70 anos. “Dom, é um excepcional. Qualquer pessoa pode aprender a tocá-lo. O instrumento acalma, inebria a alma, educa e ensina a esperar”, relatou.

O violonista explicou que aprender a tocar violão não tem nada a ver com a idade, com desempenho. Vai a partir do momento em que a pessoa está aberta ao aprendizado. “Uns demoram mais do que os outros, mas, em muitos casos, isso ocorre diante do estresse em que o indivíduo se encontra e, gradativamente essa dificuldade é superada”, esclareceu.

Superação

Depois de passar anos cuidando dos filhos, marido e dos afazeres domésticos, a artesã Luzinete da Silva Oliveira, de 53 anos, resolveu se dedicar ao violão. “Não sabia absolutamente nada. Hoje, já dedilho o instrumento. O meu sonho é tocar o violão, encontrar o tom, os acordes, sem ter que olhar para as cifras”, comentou.

O aposentado Jorge Oliveira, 53 anos, afirmou que é o primeiro ano que estuda violão na Valdice Teles. Ele destacou que sempre admirou o irmão tocar o instrumento e que na sua concepção, o violão é um companheiro. O aposentado fez questão de lembrar que inicialmente começou a frequentar as aulas sozinho, mas que, com apenas algumas aulas o filho Pedro Henrique começou a acompanha-lo. “Próximo semestre, o meu filho também estará frequentando o curso. É um desafio para nós acompanharmos os jovens, mas Bob Zé tem uma didática espetacular e muito competência para repassar os seus conhecimentos. Daí, um bom resultado entre os alunos”, confirmou.

Janizete Vieira Faria, de 57, divide o seu tempo em administrar uma delicatessen e as aulas de violão. “Vejo muita humildade na turma. Aqui, não existe preconceito e, dentro das nossas limitações, estamos indo muito bem. O importante é que já tocamos o instrumento e, a troca de experiências, nos fortalece mais ainda”, exemplificou.