Estudantes da Emef Elias Montalvão realizam Feira de Empreendedorismo

Educação
24/01/2018 15h26
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Desde a terça-feira, 23, estudantes do 5º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Elias Montalvão, localizada no Mosqueiro, têm tido a oportunidade de desenvolver várias habilidades e adquirir conhecimento de forma lúdica, por meio da Feira de Empreendedorismo. Iniciativa da comunidade escolar, tem como pilar a valorização das habilidades cognitivas, o conhecimento sobre economia financeira, bem como um estímulo a utilização de produtos que vêm da própria região, diminuindo, assim, cada vez mais o consumo de industrializados. O projeto segue até esta quarta, 24.

A proposta é que os estudantes comercializem alimentos colhidos na própria região ou casa. Estavam à venda limão, manga, coco, outras frutas, verduras, mudas de plantas e outras hortaliças. Os compradores eram alunos de outras turmas, professores e funcionários da Emef. Aluno do 5º ano A, Pedro Gustavo Santos Melo, de 11 anos, mostra o quanto de conhecimento e experiência adquiriu com a atividade.

 "Aprendemos a fazer conta, resolver problemas, empreender em nossos negócios quando crescermos e mais outras coisas. Por exemplo: é importante diminuirmos o consumo de alimentos industrializados porque fazem mal à saúde; muitos enlatados, alimentos artificiais e bebidas de caixinhas causam um monte de doenças, até mesmo algumas frutas e verduras, por conterem fertilizantes, podem nos prejudicar e compromete os nutrientes", explica o estudante.

A coordenadora pedagógica da Elias Montalvão, Sandra Lisboa, ficou bastante empolgada com o projeto. "Este tipo de atividade tem o objetivo ensinar noções de venda. É notório que se aprende mais com a prática do que apenas com a teoria. Cada 'barraca' tem sua caixinha de dinheiro, onde eles guardam o valor recebido e passam o troco. É um projeto muito legal", declara.

A professora Mary Barreto, do 5º ano A, comenta como a Feira pode ser uma maneira de valorizar os produtos da região. "Além do conteúdo didático, essa é uma maneira dos alunos trazerem a cultura de sua comunidade para ser trabalhada no espaço escolar. A gente vê que aqui que ainda há muitas crianças que consomem alimentos industrializados e esquecem de opções mais saudáveis, tendo em vista que eles têm acesso fácil a produtos orgânicos.", relata.

Ela explica, ainda, que a escola é de uma comunidade em que as famílias estão inseridas à beira do rio Vaza-Barris e muitos pais dessas crianças vivem da agricultura, da pesca, do negócio de marisco e do mangue. "Por questão financeira, sei que muitos preferem não consumir por serem alimentos mais baratos e eles acham que são alimentos ruins. Mas é justamente o contrário", complementa.