Assistência trabalha Carnaval como bem cultural com usuários dos Cras

Carnaval como um bem cultural de todos. É com este pensamento que a Secretaria Municipal da Assistência Social tem abordado o tema das festas carnavalescas em todas as suas unidades. Nesta quinta-feira, 8, foi a vez de diversos Centros de Referência da Assistência Social realizarem suas comemorações, a exemplo dos Cras Jardim Esperança e Benjamin Alves de Carvalho, que realizaram a tradicional Festa de Momo junto às crianças referenciadas nas unidades. A diversão ficou por conta das marchinhas e brincadeiras com confetes e serpentinas fabricados pelos próprios usuários do serviço.

Integração através de atividades lúdicas e resgate dos vínculos familiares, comunitários e afetivos, assim classificou a coordenadora do Cras Benjamin Alves de Carvalho, Iulná Almeida. “Este é um espaço onde temos muitas crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade. Com este tipo de ação estamos, muitas vezes, fazendo com que eles exercitem a própria cidadania ao entender que o Carnaval é um bem cultural e que pode ser acessado por todos”, salientou. 

A cultura mostrada e defendida como identidade e riqueza imaterial de um povo. Para a coordenadora do Cras Jardim Esperança, Luana de Jesus Dias, é preciso pensar no acesso independente da classe social. “Para quem tem livre acesso aos bloquinhos de rua, às festas dentro e fora do estado, pode parecer uma bobagem, mas para os usuários é de extrema importância se sentirem pertencentes. Aqui estamos fortalecendo a ideia que eles podem, devem e têm o direito de participar deste momento”, destacou.

Entre uma brincadeira e outra, Beatriz Santos, de 14 anos, falou sobre o que o Cras Benjamin Alves de Carvalho tem significado em sua vida. “Eu moro com muita gente da mesma família no mesmo lugar e muitas vezes há desentendimentos. Quando eu venho para cá, aproveito para aprender as coisas e falar com eles sobre isso. Graças a Deus muita coisa melhorou. Hoje vou me divertir com os meus amigos e brincar o Carnaval”, disse.

Prendado e muito esperto, Cleverton de Jesus, de 14 anos, atendido no Cras Jardim Esperança, explicou como os educadores ensinaram à ele e ao amigos a fazerem canhões caseiros de confete totalmente seguros e com materiais reciclados. “Pegamos pedaços de cartolina, enrolamos em formato de tubo, colamos e depois colocamos uma bola de assopro fechando embaixo. Depois picotamos revistas velhas para fazer os confetes. É tão legal que eu vou fazer em casa”.