Projeto da UFS desenvolvido em escola municipal apresenta resultados positivos

Resultados obtidos com o projeto Erguer, que está sendo desenvolvido há dois anos por pesquisadores da Universidade Federal de Sergipe (UFS) na Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Oviêdo Teixeira, no bairro Olaria, foram apresentados em reunião na manhã desta quinta-feira, 7, na Secretaria Municipal da Educação (Semed). A iniciativa objetiva analisar a efetividade de intervenções pedagógicas dinâmicas em sala de aula sobre a saúde, função cognitiva e desempenho acadêmico em crianças.

O projeto começou a ser desenvolvido em abril de 2018, utilizando quatro turmas do 2° ano. Duas destas turmas receberam as intervenções pedagógicas que inseriam mais movimentos em sala de aula, alterando comportamentos tradicionais (aluno sentado, lendo livro e copiando os conteúdos do quadro no caderno) e substituindo por atividades mais dinâmicas, como assistir parte da aula em pé ou utilizando jogos que incentivem o movimento durante as aulas.

 

Essas turmas foram comparadas com as outras, da mesma série, e que não receberam as intervenções. Nos resultados observados até o momento, os alunos que receberam a intervenção apresentaram um melhor desempenho cognitivo.  

“As parcerias realizadas pela Prefeitura de Aracaju sempre trazem diversos benefícios para a população. Desta vez não está sendo diferente. A parceria com a UFS está nos possibilitando participar desta iniciativa pioneira aqui no Brasil, e está nos ajudando a observar melhor o desempenho e comportamento dos nossos alunos e de nosso modelo educacional. Por isso, a Semed apoia totalmente este projeto em sua execução e expansão para mais unidades da rede”, garante a secretária municipal da Educação, Maria Cecília Leite.

Durante o tempo de execução, o projeto Erguer foi apresentado em alguns congressos pelo Brasil e no mundo, como na República Tcheca. A projeto tem previsão de quatro anos e esses são resultados preliminares.

 

“Temos tido resultados que confirmam aquilo que a gente já esperava. Aquelas crianças que têm aulas um pouco mais ativas que as demais, conseguem se desenvolver melhor e para isso temos feito avaliações de algumas funções cognitivas e constatando isso. Viemos apresentar os resultados preliminares que tivemos como uma maneira de darmos um retorno e estamos bastante otimistas com os resultados obtidos até agora”, revela o pesquisador da área de Educação Física, Danilo Rodrigues Pereira da Silva, um dos integrantes do projeto.

Expansão
Durante os quatro anos de duração, o objetivo do Erguer é alcancçar outras escolas da rede, principalmente as que apresentam o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) mais baixo.

 

“Com a experiência que adquirimos nestes dois anos de execução, pensamos em um aprimoramento e expansão do projeto. Para isso, o apoio da Prefeitura, através da Secretaria da Educação e da gestão da escola está sendo muito importante. Um projeto como este tem impactos positivos, com o impacto científico, que acabou dando visibilidade à Aracaju em outras partes do mundo; o impacto social, pois faz acontecer esse alinhamento entre escola pública e universidade pública, além de otimizar a estratégia de ensino”, garante Danilo.

 

Para a expansão do projeto, o apoio da Semed se dará através da contratação de estagiários e também a partir da formação dos professores envolvidos, por meio do programa Horas de estudo.