Para celebrar a diversidade existente entre seus alunos e também realizar a exposição dos trabalhos desenvolvidos durante o ano letivo, a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Olga Benário, localizada no bairro Santos Dumont, iniciou nesta quarta-feira, 18, o primeiro ‘Olga Culturae’. Até sábado, todos os estudantes da unidade participarão de diversas atividades envolvendo dança, música, teatro, entre outros.
A atividade é a culminância de todos os projetos realizados durante o ano. Na abertura, a dança foi destaque. “Pensamos em um evento para deixar a diversidade fluir, deixar que a criatividade dos alunos viesse à tona, que eles pudessem demonstrar o que eles pensam e o que eles sentem. Junto com os professores, que são parte fundamental deste processo, eles estudaram, pesquisaram, e agora estamos com as apresentações que envolvem o clássico e o moderno”, explica a diretora da Emef, Maria Renilde Matos. O termo ‘culturae’, com a terminação em Latim, significa ‘cultivar a mente e os conhecimentos’.
No primeiro dia de apresentações, a dança foi o grande destaque. Depois de diversas pesquisas sobre ritmos, os alunos apresentaram estilos como valsa, tango, hip hop, dança do ventre, entre outros ritmos clássicos e modernos. Além da dança, demonstrações de jiu-jitsu e judô também completaram o dia de atividades.
Até o fim de semana, ainda ocorrerão rodas de conversa, gincanas, exposições artísticas, literárias e científicas, teatro e sarau. Entre os temas debatidos, estão a importância da escola, intolerância racial e religiosa, empoderamento da mulher negra e exibição de documentários.
Os produtos audiovisuais são resultados do trabalho conjunto de alunos e professores: o primeiro tem como título ‘Olga Benário, 30 anos de História’. O segundo documentário se chama “Meu Bairro tem História” e foi produzido a partir de uma visita realizada ao antigo aeroclube, que deu origem ao nome do bairro em que a unidade está localizada.
As professoras de Educação Física, Cristiane Anjos e Ana Paula Santana, trabalham com os estudantes a dança e a luta e contam que os conteúdos estão fazendo diferença para os alunos. “Resolvemos colocar na prática todo o conteúdo estudado durante o ano. Eles pesquisaram bastante e hoje estão aqui para apresentar, tanto as danças, quanto as lutas. E vamos aproveitando e mostrando para eles a diferença entre a dança cultural e educacional, e as que eles estão acostumados a consumir, que são estilos mais comerciais”, comenta Cristiane.
“Esse projeto interdisciplinar abrange diversas culturas e expressões corporais, deste e de outros séculos, e nós vamos nos surpreendendo com os estudantes, porque eles trazem suas próprias expressões, suas próprias artes, nós, professores, vamos apenas lapidando. Foram eles mesmos que elaboraram os projetos e trabalhos e até aqueles alunos mais retraídos ou mais agitados, que tinham dificuldade de concentração, fizeram um excelente trabalho. Este projeto é fantástico porque ajuda a destacar a diversidade deles, o que eles já possuem, acabam mostrando, botando pra fora”, completa Ana Paula.