Prefeitura doa cestas básicas a pessoas com deficiência assistidas pelo Centro-Dia

Família e Assistência Social
08/05/2020 19h49
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A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Assistência Social, deu continuidade às ações do Plano de Contingenciamento Social nesta sexta-feira, 8, com a doação de cestas básicas  aos usuários do Centro de Referência Especializado para Pessoas com Deficiência (Centro-Dia). A ação é fruto da campanha de arrecadação de alimentos da gestão municipal para reduzir os impactos causados pelo novo coronavírus (covid-19) na população vulnerável.

“Algumas famílias acompanhadas pelo Centro-Dia são consideradas de extrema pobreza que sobrevivem, em sua maioria, com o dinheiro da aposentadoria da pessoa com deficiência. Por conhecermos as dificuldades dessas pessoas de perto, decidimos fazer as doações para continuar garantindo uma das políticas socioassistenciais: a segurança alimentar e nutricional dos nossos usuários. A Secretaria está se articulando para atender a outras pessoas com deficiência assistidas por entidades do terceiro setor, inscritas no Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com D,eficiência em Aracaju, para que também possam receber  as cestas básicas”, explicou a secretária da Assistência Social de Aracaju, Simone Passos.

Para cumprir o isolamento social, recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), as atividades foram suspensas temporariamente na unidade, já que os usuários são do grupo de risco da covid-19. De acordo com a gerente da Média Complexidade da Proteção Social Especial da Assistência Social de Aracaju, Vanessa Barreto, a equipe multidisciplinar, formada por assistente social, psicóloga, fonoaudióloga, cuidadores e educadores sociais, continua realizando as atividades com o auxílio da tecnologia.

“A ideia é não perder o vínculo com os usuários. Desde a suspensão das atividades, a equipe técnica mantém o contato com os familiares por meio do whatsapp, uma ferramenta de comunicação que já utilizávamos no dia a dia como forma de acompanhamento. As educadoras sociais enviam atividades pedagógicas, específicas para cada tipo de deficiência, para que continuem desenvolvendo a psicomotricidade. Além disso, verificam o uso das medicações corretas, se estão encontrando alguma dificuldade de acesso à rede de atendimento à saúde durante a pandemia, assim como recebem ligações telefônicas de assistentes sociais para o atendimento de outras demandas”, explicou.

O autônomo Jefersson Raygon acompanha o irmão, Frederico Raygon, 38, mais conhecido como “Fred”, nas atividades do Centro-Dia. Ele sofre de autismo severo e seu desenvolvimento é acompanhado pela unidade há quatro anos.

“Apesar de sentir muita falta do espaço, ele continua fazendo as atividades aqui em casa de forma on-line. Ele continua recebendo a atenção da equipe. É muito bom saber que mais uma vez, temos o apoio da Prefeitura em um momento difícil na qual passamos. A cesta básica vai nos auxiliar bastante”, contou Jefersson, morador do bairro Orlando Dantas, zona sul da capital.

Para a cuidadora Edileuza Melo, moradora do bairro Santa Maria, mãe de Joyce Melo, 31, que possui deficiência intelectual e é assistida pela unidade há cinco anos, não é diferente.

“A dona Sara sempre entra em contato comigo, me dando assistência. Pergunta como Joyce está, seu comportamento, realiza as atividades com a minha filha através do celular, não tenho o que reclamar. A cesta básica nos ajuda bastante porque nossas condições financeiras foram afetadas por causa do coronavírus. Parabéns a toda a equipe”, disse, emocionada, ao rever algumas das profissionais em sua casa. A “dona Sara” que Edilene cita em seu depoimento é a assistente social Ana Sara Santos, profissional que trabalha no Centro-Dia.

Outras doações

A distribuição de cestas básicas também foi realizada em escolas da rede municipal de ensino e em Centros de Referência da Assistência Social (Cras) para famílias inseridas no Programa Bolsa Família, que não receberam o auxílio emergencial do governo federal, e para outras 796 famílias em situação de extrema pobreza da capital sergipana. Com as ações, já foram entregues mais de 2. 700 cestas básicas, até o momento.