Com estoque suficiente de EPI’s, Prefeitura garante segurança de pacientes e profissionais de saúde

Agência Aracaju de Notícias
15/05/2020 11h52

Mesmo antes da confirmação de casos de covid-19 na capital sergipana, de forma planejada, a Prefeitura de Aracaju atua para assegurar, em estoque, a disponibilidade suficiente de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) de modo a garantir os devidos cuidados a pacientes e aos profissionais de saúde, sobretudo no momento atual, para os que estão na linha de frente das ações de enfrentamento à pandemia.

Para tanto, a gestão municipal investiu, apenas nos últimos dois meses, cerca de R$2 milhões em compras de EPI’s e possui estoque suficiente para o abastecimento das unidades de saúde. De acordo com a gestora da SMS, Waneska Barboza, não há déficit de EPI na rede municipal e toda a dispensação desse material é feita de forma racional, visando evitar desperdícios.

“Não estão faltando EPI'S, pelo contrário, temos quantitativo suficiente e fazemos uma dispensação racional. Então, nós dispensamos esse material por quites, para que seja feito o uso racional, mas isso não quer dizer que não seja dispensado a mais quando há necessidade. Nós sempre orientamos que os quites são para o plantão e que, se houver necessidade de troca de EPI, ele será disponibilizado”, diz a secretária, ao salientar que todos os materiais são de alta qualidade.

Segundo a coordenadora do Almoxarifado da Secretaria da Saúde de Aracaju, Eila Ferreira, o estoque de EPI’S, no momento, é suficiente para suprir a demanda de 60 dias, e ainda há cargas de materiais para chegar na semana que vem.

“No almoxarifado existe um quantitativo de 1.500 óculos de proteção e nós já distribuímos mil unidades para os profissionais de saúde; temos estoque de aproximadamente 20 mil unidades de aventais descartáveis e fizemos uma aquisição de 100 mil novas unidades, prevista para chegar na próxima semana. Temos máscaras N95 ou PFF2 em estoque com cerca de 25 mil unidades e tem mais 30 mil para chegar no início do mês de junho; temos 100 mil unidades de máscaras cirúrgicas tripla face, temos 300 mil unidades de touca cirúrgica; 20 mil pares de Propé (proteção descartável que coloca nos pés) e mais 200 mil pares para chegar; 24 mil caixas de luvas. Temos cobertura para aproximadamente dois meses de pronto atendimento”, elenca a coordenadora.

Empenho reconhecido
O empenho da gestão municipal, em não deixar faltar os EPI’s nesse momento crítico por que passa o país, em virtude da pandemia da covid-19, tem sido reconhecido por diversas entidades da área da saúde, a exemplo do Sindicato dos Médicos do Estado de Sergipe (Sindmed-SE).

“Em relação aos EPI'S, a gente percebe que a Prefeitura tem um quantitativo bom para distribuir aos profissionais. Em linhas gerais, está sendo fornecido o material, mas ainda precisa alinhar um pouco mais a distribuição”, afirma o presidente do Sindmed, João Augusto.

Opinião semelhante tem o presidente em exercício do Conselho Regional de Enfermagem de Sergipe (Coren-SE), Conrado Marques de Souza Neto. “Existe empenho, sim, por parte da Prefeitura, na dispensação desses EPI's. A gente consegue enxergar o esforço que o gestor está tendo para adquirir esses materiais para a prática segura do profissional e para que a gente consiga ofertar os cuidados de qualidade para a sociedade”, diz.

Capacitação
Em virtude da pandemia, a Prefeitura de Aracaju, por meio do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps/SMS), intensificou as capacitações dos profissionais de saúde para o uso adequado desses EPI’s. A coordenadora do Ceps, Jane Rodrigues, explica que todos os profissionais que estão trabalhando na rede municipal de saúde estão recebendo treinamento.

“Não é novidade para a SMS a utilização desse procedimento, mas nesse momento de epidemia a gente reforça esses cuidados porque o profissional corre o risco, durante a paramentação e desparamentação, de levar o vírus para casa e disseminar esse vírus. Existe uma norma técnica da vigilância sanitária que já organiza como se usa esse EPI em cada ambiente. É claro que cada EPI tem um uso diferenciado. Macacão, botas, máscaras, óculos, gorro, avental, luvas para garantir que esse profissional faça seu trabalho com segurança sem ter o receio de ser contaminado”, afirma.

CRM
Levantamento feito pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) e divulgado pelo Ministério da Saúde na última quarta-feira (13), mostra que médicos de 546 municípios brasileiros apresentaram relatos ao CFM sobre falhas na infraestrutura necessária ao adequado acolhimento dos pacientes contaminados pelo novo coronavírus.

Segundo esse levantamento, o estado de São Paulo lidera em número de denúncias apresentadas pelos médicos ao CFM. Sergipe e Acre aparecem na outra ponta, como os estados em que o Conselho registrou a menor quantidade de queixas relacionadas à infraestrutura disponibilizada aos profissionais médicos que atuam na linha de fretne do combate à covid-19 - quatro relatos apenas, em cada estado.