Desde o mês de março, a Prefeitura de Aracaju vem realizando a desinfecção de espaços públicos e locais de aglomeração. Esse trabalho, desenvolvido pela Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), é uma das ações realizadas pela gestão no enfrentamento à proliferação do novo coronavírus. O serviço, já realizado em cerca de 300 locais, tem como prioridades as unidades de saúde e hospitais, onde se concentram um maior número de pessoas doentes, inclusive com suspeita e confirmação de covid-19.
A mistura usada para a higienização dos locais combina água, cloro e hipoclorito de sódio (composto químico usado frequentemente como desinfetante e alvejante), conforme recomendações da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e é utilizada pelos caminhões e na aplicação com bombas costais de pulverização. Ela é aplicada via jato de alta pressão, conectado a um caminhão-pipa, eliminando o vírus que porventura esteja no chão, corrimão, paredes, dentre outros locais onde possa haver contato com a população.
“A ação é importante por reduzir o período em que o coronavírus sobrevive nas superfícies, logo diminui também as chances de infecção. Já foi comprovada que a ação do hipoclorito e do sabão desinfetante nos ambientes de circulação é efetiva, mesmo que de forma temporária. Houve cidades onde foram coletadas amostras em corrimões, em bancos de praça e, de 800 amostras, foi detectada a presença do coronavírus em 50 delas. Então, aplicou-se a desinfecção nesses 50 ambientes e depois o teste foi repetido, dando negativo”, afirma o presidente da Emsurb, Luiz Roberto Dantas.
O serviço começa pela varrição de todo o local. Em seguida é feita uma lavagem com sabão geleia, que é um produto desinfetante, e logo após é aplicado o hipoclorito de sódio, um antibactericida e esterilizante, para eliminar o vírus que porventura esteja no chão, corrimão, dentre outros locais. Para realização desta ação, 60 agentes foram treinados e atuam na limpeza, utilizando equipamentos de proteção individual, óculos, máscara com filtro para gases, luvas, macacão e respirador facial.
A iniciativa tem sido bem vista pelos trabalhadores que atuam nos locais onde a desinfecção já foi realizada, como Fúlvio Teixeira, enfermeiro e coordenador geral do Hospital São José. Segundo ele, com a pandemia, alguns ajustes foram feitos até mesmo no trabalho das equipes da empresa de limpeza terceirizada contratada pelo hospital, assim, a desinfecção veio para dar um suporte significativo.
“É um serviço que só vem agregar à melhoria da saúde, às formas de combate à epidemia. Por mais que o contágio pelo vírus ocorra via aerossol, existe a questão da fixação nas superfícies, por tanto, a desinfecção dessas áreas é extremamente importante e necessário”, pontuou o coordenador do São José.
A coordenadora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Fernando Franco, Suiane de Oliveira, também destaca a importância da esterilização das áreas.
“Levando em consideração que estamos falando de unidade de saúde, a necessidade dessa desinfecção é ainda maior. Todas as medidas que estão sendo realizadas têm sido de fundamental importância para que se diminua a circulação do vírus no nosso ambiente. Então, somos gratos por essas ações tão essenciais”, destacou Suiane.