Saúde

Infestação da dengue é a menor dos últimos 3 anos

Saúde
14/07/2011 14h55
Início > Saude > Index

O índice de infestação da dengue em Aracaju é o menor dos últimos três anos. Foi o que constatou o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes Aegypti (LIRAa), o quarto realizado em 2011. Os dados foram divulgados na manhã desta quarta-feira, 14, pelo secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, durante entrevista coletiva.

Em 2009, o índice de infestação neste período era de 2,9%; em 2010 caiu para 2,5%; e este ano ficou 1,6%. "O índice de infestação da dengue na capital sergipana ficou em 1,6%. Isso significa que a situação está sob controle. Em comparação com os três últimos anos, esse foi o melhor resultado já registrado nesta época do ano", destacou o secretário de Saúde.  

Dez bairros foram classificados como de baixo risco, 29 de médio risco e nenhum como sendo de alto risco. Em julho de 2009, oito bairros de Aracaju foram classificados como sendo de alto risco; em 2010 esse número caiu para 6; e agora nenhum bairro foi incluído nessa classificação, considerando o mesmo período do ano. 

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), conseguiu reduzir o índice de infestação em 32 dos 39 bairros da capital. O maior índice, de 2,9%, foi registrado nos bairros Siqueira Campos e Cirurgia.

Focos

No último LIRAa não foram encontrados focos em terrenos baldios. O maior problema continua sendo as lavanderias - 57% dos criadouros foram encontrados nesses locais, usados, muitas vezes, como reservatórios de água. Em seguida aparecem os depósitos domiciliares, como vasos e pratos de plantas, ralos e lajes, responsáveis por 34,4% do total de focos encontrados.

Para a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Taíse Cavalcante, o resultado revela o trabalho contínuo e eficaz dos agentes de endemias. "No bairro Coroa do Meio, a intensificação do trabalho conseguiu baixar de 4% para 0,5% o índice de infestação. Já no 18 do Forte, conseguimos reduzir de 8,1% em maio para 2,4% em julho", detalha.

"Alertamos que somente os agentes de endemias não garantem a redução desses índices. É preciso que a população se conscientize e adote hábitos contínuos de prevenção", acrescenta Taíse Cavalcante.

Imprensa

No combate à dengue, a imprensa tem desempenhado um papel fundamental ao divulgar ações e passar orientações que ajudam a evitar a formação de criadouros do mosquito transmissor. Segundo Silvio Santos, é importante lembrar que o aumento no número de notificações não é um dado negativo. Ao contrário, demonstra o empenho dos médicos em agilizar a identificação dos casos.

"Muitas vezes os sintomas da dengue se confundem com os de outras doenças. Por isso, todos os pacientes que reclamam de sintomas como dor de cabeça, dor no corpo e febre ao mesmo tempo são considerados casos de suspeita de dengue. O diagnóstico precoce possibilita que os casos sejam tratados adequadamente, evitando complicações", conclui o secretário Silvio Santos.